domingo, agosto 26, 2007

Chueca

Para mais tarde recordar...



Não querendo ser redutor, Madrid tem, do meu ponto de vista, 3 coisas essenciais: uma urbanidade em que a Chueca e o seu sentido de liberalidade e de tolerância acolhem qualquer pessoa, independentemente da sua orientação sexual; o Museo Nacional del Prado - em que As Meninas de Velásquez ocupam, do ponto de vista do artifício artístico figurativo, um lugar cimeiro; o Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía, em que a Guernica me arrepiou sobremaneira, para não falar de outras obras pictóricas e escultóricas de Picasso, Miró e Dali, entre outros nomes cimeiros das primeiras vanguardas artísticas do século XX.

domingo, agosto 19, 2007

Partida para férias...




Os nossos quatro personagens precisam de descansar e resolveram ir até Madrid. Em busca de novos saberes, novos sabores, novas aventuras, novas soluções para as suas vidas. Na bagagem levam a certeza de quererem aproveitar ao máximo cada minuto. Regressam em breve.
Até já!

quarta-feira, agosto 15, 2007

A solução




> Aimee Mann, Wise Up, Banda sonora original do filme "Magnolia".


Enquanto não nos mentalizarmos que a solução para os nossos problemas parte de nós mesmos, nada se resolve.

Batcat, Batcow, Superdog, Spiderchicken




Todos temos heróis, ainda que muitas vezes não saibamos ao certo quem são ou muitas vezes não tenhamos consciência de que nos moldam o modo de agir e olhar para o mundo.
Heróis porque: nos fascinam na representação, na escrita, em outras manifestações artísticas, nas actividades realizadas, no sucesso profissional alcançado, graças ao mérito; os admiramos pelos sentimentos e acções altruístas ou pelo grande espírito de sacrifício.
O heroísmo é algo que todos conseguimos alcançar, se não olharmos para o conceito como algo mítico, mas sim como algo próprio de quem quer ser sempre melhor.

terça-feira, agosto 14, 2007

Love Today, by Mika




Acho que este moço promete. O falsete, o ritmo, tudo.
E acho que esta música encaixa bem numa noite quente de Verão.

segunda-feira, agosto 13, 2007

Família = Cumplicidade



Quanto mais o tempo passa, mais me apercebo que há pessoas que nunca deixarão de ser especiais para mim. Pessoas que para mim são família, quer porque o são de verdade, pelos laços de sangue, mas também pelos laços de amizade verdadeira, em que a cumplicidade é tal que ainda o outro não falou e nós já estamos a rir-nos porque sabemos o que vai dizer, ou a irritar-nos porque sabemos quais as pedras que traz na mão para nos atirar.
A amizade e o amor são isso mesmo: amargos de boca que de vez em quando vêm à tona; mas que facilmente são afundados por valores muito mais altos: os valores da cumplicidade e dos caminhos da vida percorridos em conjunto (ainda que intermitentemente); crescimentos em que a reciprocidade foi o veículo; interesses comuns ou partilhados que mantêm as pessoas sempre próximas.
E cada vez mais me convenço de uma coisa: quando alguém nos magoa, é porque esse alguém é muito especial para nós! Se não fosse não nos magoaria, simplesmente nos faria dizer coisas muito sentidas da boca para fora e depois ficaria aquela sensação fabulosa de alívio.
Colegas que nos magoam? Não existem. Camaradas de copos que nos magoam? Não existem.
Existe sim uma eterna necessidade de fazermos barulho para ocultar algumas frustrações ou impotências que não deixamos que façam muito barulho por elas próprias. Todos temos os nossos fantasmas, e por não sabermos lidar com eles frontalmente, inventamos fantasmas naqueles que pouco ou nada nos dizem.
Este post é para todos aqueles que preenchem verdadeiramente o meu coração. Eu e eles somos família (de corpo e/ou alma).

JET7 IN THE ALGARVE



quarta-feira, agosto 08, 2007

Há vidas (de cão) e vidas (de cão)...


Na senda das peripécias familiares, e porque um "pai" nunca faz diferença dos filhos, aqui fica o oposto das peripécias, ou seja, a ausência total delas, ainda que muito familiar também: o meu psicanalista a dormir.
Caso para dizer: Nem todas as vidas são de cão!

terça-feira, agosto 07, 2007

Peripécias familiares


Porque desde que, há quase 7 anos, entraram na minha vida dois cães, com cerca de dois meses cada um (segundo a veterinária, porque data exacta de nascimentos não há, como abandonados que eram), os considerei sempre parte da família, é uma história familiar que quero aqui partilhar, ilustrada pelo meu próprio pulso.
O meu cão mais pequeno, ironicamente nomeado homónimo do chefe da casa Olímpica, sempre matreiro e torto, após se ter levantado a mesa do jantar, saiu estrategicamente para a cozinha e aproveitou uma aberta para espreitar para dentro do balde do lixo, incuriamente esquecido aberto, enquanto a restante família já se acoitava no sofá da sala para acompanhar o desenvolvimento de mais uns CSI's.
Azar dos azares! No topo dos resíduos sólidos estava um saco de plástico sujo que restolhou quando Sua Excelência Canina resolveu espreitar para dentro do balde.
Esse barulho imediatamente fez com que se acendesse uma luz no cérebro do meu ilustre canito (a dizer "salta daqui que já foste apanhado"), que airosamente abandona o local do "crime" e vai para a varanda como se nada se tivesse passado.
Eu, a topá-las todas, não consegui disfarçar a risada que instantaneamente soltei.
Podem dizer que os cães agem por instinto, mas ninguém me convence que eles não têm sentimento de culpa.

sábado, agosto 04, 2007

O CENTÉSIMO

Às vezes é preciso parar...




Não sou muito amigo de estar sem fazer nada, mas às vezes é preciso.
Acho que estou numa fase em que preciso parar, não pensar, a não ser em relaxar, comer, dormir. Não fazer o que é preciso, mas sim fazer o que me apetece.

Mas é que não gosto mesmo nada...



sexta-feira, agosto 03, 2007

Continua a sonhar



Vivo num sonho,
Numa casa fútil,
Onde tudo componho,
Mesmo o inútil.

Desfiando a vida,
Na estrada sem fim,
Resignada, sentida,
Num alvor carmim.

Do fogo que me arde,
No peito amordaçado,
Amargo, inflamado.

Sonho meu que existe,
Num lamento triste,
De vida proibida.

CREPÚSCULO!

Apeteceu-me variar um pouco e deixar estas palavras de um Senhor:

Por mais que me tanjas perto
Quando passo triste e errante,
És para mim como um sonho -
Soas-me sempre distante...

A cada pancada tua,
Vibrante no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade mais perto.

(
Fernando Pessoa, Impressões do Crepúsculo, I, estrofes 3 e 4)

quinta-feira, agosto 02, 2007

Os personagens (4)



Este não chegou a ter outro aspecto que não fosse o que aqui apresento. Trata-se do Félix de la Fuente, irmão adoptivo de Kôlmes (foi adoptado pelo mesmo humano que adoptou o canídeo, dois meses depois daquele, eram ainda crianças), com quem tem uma relação típica de irmãos. Em termos profissionais, é uma autoridade da oratória quando é necessário infiltrar-se em bandos de vigaristas. Trata-se do intelectual do grupo. Onde quer que vá, leva sempre um livro. Tem, contudo, um problema, não sabe dizer os eles, o que desde logo é um entrave quando diz, simplesmente, que "vai uer um uivro". Outro problema: É alérgico a peixe!
Fica completo o leque dos protagonistas.
Os restantes vilões ou heróis, consoante as sensibilidades, vão aparecendo ao longo das vinhetas.

Os personagens (3)




Charoleeza Rice é uma vaca dócil e ao mesmo tempo firme e implacável, no que toca ao trabalho e à lidação com as outras “pessoas”. É de uma sinceridade absoluta e ferve em pouca água, mas depois de dizer o que lhe vai passando pela cabeça acalma e fica tudo como se nada se tivesse passado. O grande desgosto de Charoleeza é o nome que tem (vá lá a gente perceber), e que se deve ao facto de ser mestiça, filha de pai Charolês francês com ascendência americana paterna (Rice) e de uma mãe holandesa da região da Frísia, o que está bem patente na cor clara acompanhada de malhas pretas. Por isto tudo, para os amigos é simplesmente Lisa. Quanto à sua especialidade no ramo da investigação policial: profiler com dotes comprovados na área do paranormal. Tem um especial carinho por Kôlmes e quanto ao Kelog, é como se fossem cão e gato.

quarta-feira, agosto 01, 2007

Os personagens (2)



Kelog Sportif é o pinto do quarteto de detectives. Como frango de aviário que é, é de um cosmopolitismo que chega a raiar o ridículo, pois para ele ovos e leite são originários, não dos galinácios como ele, ou das vacas, mas sim das grandes superfícies comerciais. Quando tem tempo livre pega no seu leitor de mp3 e vai fazer jogging para o parque da cidade, para, como ele diz, "purificar dos efeitos nefastos do monóxido de carbono que lhe corróem as entranhas". É absolutamente hipocôndríaco. No que respeita ao seu papel no contexto da investigação policial, é especialista em irritar a tal ponto os suspeitos, que só para não o ouvirem, confessam os seus crimes.

Os Personagens (1)





Não sendo, nem de perto, um especialista, tem-me dado um gozo enorme ir criando a Sussura qu’é ‘ma ‘spécie d’banda dsenhada.
Tal como aconteceu com muitos profissionais, também os meus personagens foram tomando forma, depois de vários desenhos em que as formas infantis deram lugar às definitivas, mais adultas, mais humanizadas e mais apropriadas ao espírito das histórias futuras.
Dos meus quatro futuros heróis, escolhi aleatoriamente o Kôlmes.

Kôlmes é um cão de um humor sarcástico, mas com um coração do tamanho do mundo. Como qualquer cão, não pode sentir os aromas de comida humana e pela-se pelos odores exalados pelos corpos femininos das moçoilas da sua espécie. Profissionalmente é, juntamente com o seu irmão adoptivo – o gato Poirrot, o pinto Kelog Sportif e a vaca Charoliza Rice, um detective sagaz e de uma perspicácia engenhosa.