terça-feira, maio 30, 2006

NEVER SAY NEVER...




















Never Say Never,
If you are alone,
Or if anyone,
Wants to stay together.

Never say never,
If inside of you,
It's always and ever,
Missing a clue.

Never say never,
If you really know,
That I'm here forever,
To keep going with the show.

Never tell me,
"I don't like you",
Because i'm free,
It's true.

Don't lie to me,
Never is my request,
Because I can see,
That you are not the best.

quarta-feira, maio 24, 2006

SOBRANCERIA... DESILUSÃO...


Olhas os outros com desdém,
Esgares sobranceiros,
Não respeitas mais ninguém,
Só doutores e engenheiros.

Mesmo nestes, afinal,
Vês poder, influência, decisão,
Nas famílias "Teixeira e tal",
Encontras afirmação.

Jantares, festas,
Um restaurante ou bar,
Coisas que detestas,
No sossego do teu lar.

Amizade verdadeira,
Que te foi leal,
Enganas sorrateira,
Porque não te traz bem nem mal.

Oh sobranceria, desilusão!
Tamanha tu foste,
Pois então.

sábado, maio 13, 2006

MAR






















Ruge os teus lamentos,
Mar azul escuro,
Desfaz-te em tormentos,
Na esperança do futuro.

Outras vezes verdes,
São tuas águas amenas,
Por vezes cinza,
A lembrar minhas penas.

Também tuas ondas espumas,
Como se de raiva acometido,
Águas que costumas,
Trazer no sueste prometido.

Lavas mil almas,
Corações quebrados,
Pessoas calmas,
Heróis recordados.

Foste estradas,
Com mil faixas,
Levaste encravadas,
Nos porões mil caixas.

Trouxeste maravilhas,
Coisas novas de espantar,
Levaste a explorar,
Descobrir tantas milhas.

Recordas poetas,
Lusos zarolhos,
Da desgraça profetas,
De franzidos sobrolhos.

Velhos agoirentos,
Recolhidos na velhice,
Desocupados, sem portentos,
Esquecidos da meninice.

Dás a vida,
A quem dá a morte,
Oh sorte,
Desmentida.

domingo, maio 07, 2006

Dia da Mãe

Maria Antonieta e os filhos,
óleo de Elisabeth Louise Vigée-Le Brun.
Museu do Castelo, Versalhes.
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Optei por este óleo que representa a rainha de França Maria Antonieta com os seus filhos, não porque tenha alguma adoração pela rainha representada, mas porque se adequa bem ao dia que hoje se assinala no nosso país: o Dia da Mãe.
Com defeitos e qualidades como qualquer ser humano, as mães são sempre uma figura de referência pelos piores e melhores motivos nas nossas vidas. Dão-nos a vida, alimentam-nos, amparam-nos, repreendem-nos, muitas delas querem escolher os nossos futuros, muitas não estão para aí viradas.
Umas são matriarcas assumidas, outras submissas, umas demasiado presentes, outras ausentes. Umas felizes pelas escolhas dos filhos, outras felizes por conseguirem escolher as vidas deles, umas frustradas porque não o conseguiram, outras agradecidas porque eles se desenrascaram bem sozinhos, independemente dos rumos que tomaram.
Independentemente das suas condutas enquanto mães, elas são seres humanos, com fraquezas e forças incríveis. São mulheres que já foram crianças, que também são filhas, que querem seguir os modelos que elas próprias receberam ou que se afastam dos mesmos por razões diversas.
São capazes de inspirar em nós os mais controversos sentimentos, mas acima de tudo são, à maneira delas, "as nossas melhores amigas".
Para as mães de todos: Sejam felizes, não se anulem enquanto mulheres e não anulem enquanto mães.

E pronto... já cá cantam 32

de Tom of Finland, «Beach Boys» 1971, in The Comic Collection, n.º 2
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É engraçado como o clichet "estou a ficar velho" que os nossos próximos mais graúdos tanto apregoam em certa medida se aplica muito bem.
Ontem saí um bocadito até mais tarde e fui ver como paravam as modas para os lados de Albufeira e Vilamoura.
Se ficar velho significa não ter pachorra para estar uma data de tempo de pé a ver olhares gulosos a contemplarem a nossa casca e a casca dos nossos acompanhantes, então estou mesmo a ficar velho.Se for para ser mais justo, talvez seja melhor dizer "estou a crescer por dentro, e os meus interesses agora já não são os que tinha há algum tempo atrás" ou talvez ainda melhor "o que hoje pode parecer verdade, amanhã pode não o ser".

terça-feira, maio 02, 2006

MUNDOS...



Entre dois mundos,
Um olhar se espraia,
São Mundos fecundos,
Em que uma lágrima desmaia.

Um sorriso contido,
Rasgado, solto,
Da névoa revolto,
Sério, abatido.

Enquanto choras,
Tu e ele, eles e elas,
Que adoras.

Seguiram suas vidas,
Escolhidas,
Vidas vividas.