segunda-feira, julho 30, 2007

SUSURRA QU'É 'MA 'SPÉCIE D'BANDA D'SENHADA



Depois da experiência do primeiro esboço, fica aqui a proposta para o início de muitas histórias. O título, inspirado nos Gato Fedorento: SUSSURA QU'É 'MA 'SPÉCIE D'BANDA D'SENHADA.

Espero que gostem.

domingo, julho 29, 2007

C(hicken) S(ob) I(nvestigação)




Numa brincadeira, deu-me para pegar num papel e numa caneta preta de desenho e vá de fazer um policial em bd. Passou-se o tempo, sem olhar para os ponteiros do relógio, e diverti-me a rabiscar, sem olhar à qualidade técnica.
Lema: a verdade, seja ela qual for, vem sempre ao de cima!

sábado, julho 28, 2007

Hoje (h)à noite!




Hoje à noite, num ambiente talvez aproximado do que se vive neste clip, vou dar um salto até ao Parque das Freiras! Levo comigo a intenção de visitar a Feira Arte Doce, conhecer um pouco dos futuros empreendimentos turísticos projectados para Lagos e, acima de tudo, ouvir a melhor banda portuguesa no activo - The Gift.
Hoje há noite!


quarta-feira, julho 25, 2007

62 ANOS


> Foto de Jola Dziubinska (www.pbase.com/jolka/image/52449585)


Parabéns Mãe!

terça-feira, julho 24, 2007

5 séries que nos marcaram...



Porque estas coisas dos blogs dão muito mais pica se houver "feed-back" e interacção, e para recuperar do tempo em que a preguiça me fazia andar numa certa inépcia bloguística, formalizo aqui um desafio, que já tinha sugerido num comentário ao Arion: 5 séries televisivas da minha vida.

Sem desprestígio de outras de que gostei muito, ficam aqui as seguintes, relativas a várias fases da minha existência (iniciada pouco depois do 25 de Abril de 1974; sim, que é sempre bom contextualizar para as pessoas perceberem as nossas escolhas):

- infância: Abelha Maia (o que eu gostava das peripécias da Maia, do Willy - pronunciado Vili, da aranha Tecla, do gafanhoto Filipe; da mestra Cassandra);

- segunda infância: Duarte & Companhia (os tijolos na mala da sogra, LOL);

- Adolescência: Dempsey e Makepeace (policial da BBC);

- Até há 2 anos atrás: Sete Palmos de Terra (a que mais me marcou, pela riqueza de cada personagem);

- Actualmente, depois de um dia de trabalho mais ou menos cansativo: CSI's (com apóstrofo, porque gosto muito dos 3: CSI; CSI New York; CSI Miami).

Os primeiros convidados que, espero, convidem outros tantos:

S.; Ouriço; Arion; Hydra; Bandida; Zéfiro.

Obrigados!

domingo, julho 22, 2007

Mais Portalegre...


> Palácio Amarelo, Portalegre, foto da minha autoria.

Estava um fim de dia lindo quando fotografei o Palácio Amarelo, solar do século XVII onde em tempos funcionou a Biblioteca Municipal.
Adoro esta foto!

Portalegre...


> Sé Catedral, Portalegre, foto da minha autoria.

Da minha terra, com algum distanciamento, cada vez mais sou capaz de filtrar os encantos que a enformam, de ter saudades daquilo que vale a pena ter saudades!

A sua construção data do século XVI. No século XVIII, foram feitas alterações profundas no edifício, sobretudo no exterior. Os retábulos, dos séculos XVI e XVII, constituem o maior conjunto de pinturas maneiristas do país.
(http://www.instituto-camoes.pt/cvc/excvirt/portalegre/percurso.html)




Cinco livros da minha vida...


> http://mel-melica.blogspot.com/2007/07/os-livros-mudam-as-pessoas.html


Em resposta ao desafio do meu querido AMIGO Arion, aqui vai uma possível listagem de 5 livros da minha vida. Mais haveria, mas os que passo a indicar marcaram-me muito!

- John Steinbeck:
O Inverno do Nosso Descontentamento.
- Jorge Amado:
Capitães da Areia.
- José Saramago:
Memorial do Convento.
- Marguerite Yourcenar:
Memórias de Adriano.
- Luís Sepúlveda:
História de uma Gaivota e do Gato que a ensinou a voar.


quinta-feira, julho 19, 2007

Bom fim-de-semana...


pwp.netcabo.pt/0510598901/portugal_ing.htm

Aí vou eu até à minha terra.
Por isso, bom fim-de-semana a todos!

quarta-feira, julho 18, 2007

Tony Face...




Como não fiquei muito convencido com o outro boneco Groeninguiano, fiz uns retoques e acho que agora estou mais parecido, com olhos claros e uma barriguinha...

terça-feira, julho 17, 2007

500 anos de arte através do rosto feminino...



Apesar de hiperdivulgado pelo mundo da web, e foi através dele que me chegou às "mãos", resolvi partilhá-lo porque foi um desafio reconhecer algumas das obras e outro maior será saber quais as que não consegui identificar - a maioria.

domingo, julho 15, 2007

CARMINA BURANA - Teatro das Figuras (Faro, 14 de Julho de 2007)

> Carmina Burana - O Fortuna



Foram 60 minutos, exactamente 60 minutos, em que os poros da minha pele se evidenciaram e os pelos se eriçaram. Vibrei com as magníficas prestações do Coro do Teatro Nacional de São Carlos, da Orquestra Filarmónica Portuguesa e dos Pequenos Cantores de Ossónoba.

Pontos negativos: o atraso, não só da maior parte dos membros da classe política, mas de um autoproclamado jetset que faz gáudio no chegar atrasado, como se isso fosse um apanágio de boa educação e de privilégio de quem detém poder económico e/ou social. Quanto a mim é sinónimo de terceiro-mundismo e de uma grande falta de respeito, pelos artistas e pelos restantes espectadores, pois o barulho que os tacões das sandálias/mules das senhoras e os mocassins dos senhores faziam nos degraus do auditório, distraiu as audiências quando estava já a tocar a segunda música - Fortune plango vulnera.



Quanto aos Carmina Burana:



“Carmina Burana” é uma expressão em latim e significa “Canções de (Benedikt)beuern”. Durante a secularização de 1803, um volume de cerca de 200 poemas e canções medievais foi encontrado na abadia de Benediktbeuern, na Bavária superior. Eram poemas dos monges e eruditos errantes — os goliardos —, em latim medieval; versos no médio alto alemão vernacular, e vestígios de frâncico. O doutor bavariano em dialetos, Johann Andreas Schmeller, publicou a coleção em 1847 sob o título de “Carmina Burana”. Carl Orff, descendente de uma antiga família de eruditos e soldados de Munique, cedo ainda deparou-se com esse códex de poesia medieval. Ele arranjou alguns dos poemas em um happening — em “canções seculares (não-religiosas) para solistas e coros, acompanhados de instrumentos e imagens mágicas”.

Esta cantata é emoldurada por um símbolo da Antigüidade — o conceito da roda da fortuna, eternamente girando, trazendo alternadamente boa e má sorte. É uma parábola da vida humana exposta a constante mudança. E assim o apelo em coral à Deusa da Fortuna (“O Fortuna, velut luna”) tanto introduz quanto conclui a obra, que se divide em três seções: O encontro do Homem com a Natureza, particularmente com o Natureza despertando na primavera (“Veris leta facies”), seu encontro com os dons da Natureza, culminando com o dom do vinho (“In taberna”); e seu encontro com o Amor (“Amor volat undique”).

(http://www.nautilus.com.br/~ensjo/cb/)





> Carmina Burana - In Taberna - Estuans Interius


Quanto à Fortuna, ao Destino, medievais, proclamados pelos padrões cristãos católicos do Juízo Final, serve esta cantata para nos esquecermos, momentaneamente, de que a fortuna somos nós que a construímos.



> Carmina Burana - Cour d'amours - Dies, nox et omnia

quinta-feira, julho 12, 2007

Custou mas foi...


> http://atuleirus.weblog.com.pt

Finalmente acabei de ler o livro O Esplendor de Portugal, de António Lobo Antunes. Custou mas foi. Não sei se foi por ter escolhido a hora de deitar para o ler, por estar cansado demais pelo trabalho árduo que tenho tido nos últimos tempos, ou simplesmente porque a saga de escritores a escrever sobre o saudosismo colonialista satura e afirma Portugal como um país com demasiadas saudades do passado e sem qualquer optimismo no futuro, certo é que me custou muito lê-lo. Várias vezes estive para desistir, mas a teimosia venceu, e lá consegui ler as histórias da Isilda, do Carlos, da Clarisse e do Rui, num eterno flashback alternado com o presente, numa busca incessante dos personagens em encontrar-se consigo próprios.
A ironia do Lobo Antunes está presente do princípio ao fim, e quando digo do princípio, digo mesmo do título, porque de esplendor não existe nada nas mágoas, ressentimentos e perdas que o livro ilustra, sentimentos tão próprios de um país dividido entre os que ficaram e os que partiram e regressaram - de África.

Lobo Antunes nega a apresentação de um país no seu esplendor histórico, ideológico e até de coesão nacional, preferindo desmistificar a importância de um passado glorioso à luz de um presente vazio. Nesta opção percebemos que o autor repudia a escolha do povo português em viver um tempo que “consiste num passado obsessivo, num presente sufocado (...) e num futuro do qual, sebasticamente, se espera o dia dos prodígios” (TEIXEIRA: 1998, 158). Ao rejeitar essa mitificação de um tempo expectante na repetição gloriosa da gesta pretérita, Lobo Antunes afirma a sua postura crítica em relação ao país (metonimicamente representado pelas personagens da narrativa), ainda não refeito de uma perda territorial não assumida verdadeiramente.

(
Manuela Duarte Chagas, O Eu ao Espelho do Outro: Portugal Revisitado em O Esplendor de Portugal, http://www.eventos.uevora.pt/comparada/VolumeI/O%20EU%20AO%20ESPELHO%20DO%20OUTRO.pdf)

quarta-feira, julho 11, 2007

Tony Simpson




Na onda dos avatares dos Simpson que o Hydrargirum e o Arion fizeram, eis o meu.
É engraçado, foi o melhor que consegui, mas acho que só uma coisa tem a ver comigo, o nariz.
Talvez seja mais fácil os outros, aqueles que nos conhecem bem, traçar um boneco mais fiel à nossa fisionomia real.
Se alguém quiser experimentar está à vontade, e em nada fere as minhas susceptibilidades.

domingo, julho 08, 2007


> Já agora este! O Rei em vez do Redentor! Please!

As 7 Maravilhas Nacionais e Mundiais:

Acerca do espectáculo de eleição das 7 maravilhas de Portugal (prólogo às Maravilhas do Mundo):

- A Marisa Cruz foi uma tristeza na qualidade de apresentadora. Quando os representantes das maravilhas eleitas pelos portugueses subiram ao palco para receber o galardão, a pergunta da apresentadora “O que tem para nos dizer?” soou-me como a antítese do que se estava a celebrar – maravilhas!

As maravilhas portuguesas também não estiveram mal:

- verdadeiramente bem escolhidas, no meu ponto de vista, foram Alcobaça, Guimarães e Batalha, pela sua carga histórica na afirmação da nacionalidade, no caso das segunda e terceira e pela sobriedade, monumentalidade e equilíbrio no caso da primeira.

Óbidos tem uma Marvão rival não menos encantadora, mas menos dinâmica e mais afastada dos roteiros turísticos.

A Torre de Belém e Jerónimos como representantes do período em que Portugal se afirmou como o fundador da aldeia global também foram uma escolha feliz.

O Palácio da Pena, sem dúvida interessante, não tem, todavia, a força dos restantes, e de Português tem talvez só o facto de se localizar na belíssima vila portuguesa de Sintra. Para além disso, faz também parte dos roteiros turísticos mais dinâmicos do país.

Acerca do espectáculo de eleição das 7 novas maravilhas do mundo:

- Foi importante e pode ter sido um importante cartão de visita para o nosso país. As imagens editadas sobre muitas das maravilhas do nosso país mostraram uma mestria no que toca a selecção e acho que foi oportuno mostrarmo-nos ao mundo, na qualidade de anfitriões do espectáculo em que se anunciam as novas maravilhas!

- A presença em palco dos representantes das maravilhas finalistas e a suposta entrega de prémios a todas elas miserável.

- A J Lo é uma cantora péssima, para não falar dos seus dotes como actriz.
- O Cristiano Ronaldo ser elevado ao título de maravilha de Portugal ao lado das sete eleitas é uma ofensa às que o não foram.

- Os compassos de espera foram um desastre.

- As criancinhas que acompanharam a Chaka Khan mais valia terem ficado a festejar o aniversário em casa, com os amiguinhos, pois amadorismos e gracinhas em ocasiões destas não.

- Os gritos “Viva Portugal” no final do espectáculo deram o mote ao provincianismo que ainda domina neste país. Embora anfitriões, o que se festejava no estádio da Luz era o Mundo, não o nosso país.

- O ponto alto da noite foi mesmo o dueto Dulce Pontes e José Carreras. Adorei o registo lírico da Dulce.

Quanto às maravilhas:

- Muralhas da China: aprovadíssima a escolha.

- Petra, idem aspas.

- Taj Mahal, ibidem.

- Machu Pichu, sim senhor.

- Coliseu de Roma, trocava-o pela Acrópole.

- Chichén Itzá, trocava-a pelas pirâmides de Gisé.

- Cristo Redentor: Please! Já agora o Cristo Rei de Almada.

Quanto à iniciativa do Suíço Weber, não esteve mal, e parece que vêm aí as 7 maravilhas da natureza. Como forma de preservar divulgando, pode ser um bom princípio, embora também possa ter o efeito contrário.

Quanto à recriação da ideia de Heródoto, é efectivamente impossível esquecer as maravilhas do mundo antigo, porque se tratava do espírito de uma época em que a Grécia Clássica era a fasquia de avaliação das outras civilizações.

Quanto a mim, toda a opinião suscitada por uma abertura mundial à eleição das maravilhas tem prós, mas também contras, porque muitas das eleições incorrem em bairrismos típicos de quem não vê mais longe ou de quem confunde o espaço em que as mesmas se inserem com elas próprias.

Quando se elege uma maravilha, deve-se ter em conta, não só o aspecto físico, a mestria dos seus projectistas e a sua permanência no tempo, mas também o seu aspecto simbólico.

Se falarmos no simbólico incorre-se no perigo de, elegendo algumas delas, como o Coliseu de Roma, festejarmos a morte de muitos seres vivos.

Acima de tudo há que encarar isto como um jogo, jamais como uma efectiva vinculação da categoria de maravilha a simplesmente 7 monumentos ou conjuntos monumentais.