domingo, abril 08, 2007

Amar = Fazer alguém feliz



> http://www.fantasticfiction.co.uk/b/marion-zimmer-bradley/catch-trap.htm

Presentemente ando a ler o livro Salto Mortal da escritora norte-americana Marion Zimmer Bradley, no original The Catch Trap.
A história ocorre nos anos 40 do século XX, em plena II Guerra Mundial e relata a história de uma família italo-americana de trapezistas muito fechada nas suas tradições e imbuída do rigor patriarcal das gerações mais antigas. No seio desta família, Matt Santelli (conhecido nos meios do circo por Mario), a estrela da nova geração, vive atormentado entre o rigor moral imposto pela família e pela sociedade do tempo e a força da sua intimidade, que o faz apaixonar pelo seu aprendiz, o promissor Tommy Zane, também ele oriundo dos meios circenses, onde seus pais se destacavam como domadores de felinos, que aliás sempre detestou. Não aos pais, mas aos felinos.
Sendo uma história como tantas outras, e da qual, como de muitas outras, se pode extrair algum pensamento ou ideia que mais toque cada um de nós, ressaltaram as seguintes palavras que contextualizadas dizem respeito a uma conversa entre Matt e Tommy depois do patriarca da família - Papa Tony (Tonio Santelli) - ter morrido, e em que o primeiro conta como o seu avô, Papa Tony, reagiu à sua homossexualidade:
- Eu estava à espera de um sermão sobre o pecado - disse -, quer dizer, eu estava à espera. Ele era sempre tão religioso. Mas ele limitou-se a dizer: «Matty, a forma como um homem vive, isso não interessa. É a forma como trata as outras pessoas que interessa.» E depois, por último, pôs as mãos em cima das minhas e, juro por Deus, Tom, eu comecei a chorar como um bebé, e ele disse-me para eu não chorar, que não interessava o que as pessoas me chamassem enquanto, e foi isso que me fez chorar ainda mais, enquanto as pessoas que eu amasse, fossem elas homens ou mulheres, ficassem melhor por me amarem e não pior.
(BRADLEY, Marion Zimmer, Salto Mortal, DIFEL, p. 477)
Se todos os seres humanos pensassem como o Papa Tony...

3 comentários:

Comodoro disse...

Como é verdade isso.
Eu, vou sempre te amar até ao fim, embora agora de maneira dirente, ou pelo menos com um outro nome, mas amar vou sempre, pois tu fizeste-me, fazes-me e farme-ás bem, e és muito verdadeiro nos sentimentos.
Obrigado por seres assim e deixares que te ame mano lindo.

Anónimo disse...

Quem é que te emprestou o livrinho, quem foi? ;)

Muso disse...

Comodoro: Escusado será dizer que estou sempre aqui.

Arion: Hum! Deixa-me ver se me lembro quem me emprestou o livrinho! ;)