domingo, março 04, 2007

Vermelho Transparente



> Helena Laureano e Luís Esparteiro em http://numb.deslizo.net/arquivos/2006/12/vermelho_transp.html

Tal como tinha "prometido" num post anterior voltei a consumir Teatro na cidade que adoptei para viver. Desta vez, novamente muito bem acompanhado, foi a vez de assistir à peça "Vermelho Transparente", em cena no auditório do Centro Cultural de Lagos, no dia 3 de Março.
A Helena Laureano encantou-me com o desempenho de três personagens que podemos conjugar como a tese, a antítese e a síntese de uma mulher que procura encontrar-se a si mesma, e que ao encontrar-se se resume como uma pessoa que acredita que o amor a poderia ter salvo, mas tarde demais para ela, ou melhor, para eles, porque se ela resolve pôr fim à vida, também o psicanalista desempenhado por Luís Esparteiro se vê confrontado com o facto de nem sempre o profissionalismo ser eficiente para ajudar os seus clientes.
Bela peça para abrir o mês dedicado ao Teatro e à Poesia. E volto a dizer, a companhia era muito boa também. Aliás, uma companhia que festejei no post anterior e que me tem feito sorrir e acreditar no amor, tal como a Teodora da peça que aqui anuncio.
Sobre a peça vasculhei em alguns sites, com o mote de poder divulgar o que de bom se faz por este país. Deixo aqui algumas transcrições sobre o assunto:
Vermelho Transparente “traça o rumo de um ser humano, no caso uma mulher, que começa a equacionar a pequena diferença entre o que pensa e o que faz: neste caso, matar o marido, é uma tentação, uma perspectiva, um projecto? Uma realização? Quando, um dia, do alto dum andaime dum décimo oitavo andar ela sente uma vertigem e vai a apoiar-se no braço do marido e ele descobre que ela o poderá empurrar. Quando, um dia, o psicanalista vai ao seu encontro na esquálida cela de um hospital psiquiátrico, ela irá fazer-lhe as contas à vida. Ao saldo da vida. Àquilo que resta da vida, depois de se ter perdido tudo. Então, o que sobra?”.

Escrita por Jorge Guimarães e encenada por Rui Mendes, esta peça esteve em cena, como estreia, no Teatro Nacional D. Maria II, entre 7 de Novembro e 23 de Dezembro de 2006.
No site do TNDMII encontrei a sinopse institucional, que copio para aqui também:

Rui Mendes encena este “thriller” psicológico que conta com as interpretações de Luís Esparteiro e Helena Laureano.
Mercedes, de 38 anos, procura um psicanalista para lhe falar do sonho recorrente que tem com um vestido vermelho. No sonho, vê o marido, António, fazer amor com a irmã gémea, Dora.
É a primeira de uma série de sessões em que a arquitecta vai revelando, gradualmente, os seus traumas: uma infância atormentada pela indiferença do pai, um juiz pouco dado à fidelidade; uma adolescência afligida pelos ciúmes da irmã (a preferida do progenitor); um casamento perturbado pelo fantasma da traição.
Numa das sessões, Mercedes relata um episódio estranho que acaba de lhe acontecer: numa visita a uma torre em que está a trabalhar, António perde o equilíbrio e julga estar a ser alvo de uma tentativa de assassinato por parte da mulher. O psicanalista tenta escalpelizar o momento, mas Mercedes esquiva-se e acabará por não voltar às sessões de terapia.
Quem vem ao consultório é Dora, a gémea, que anuncia o pior: António morreu em circunstâncias misteriosas. Teria sido obra de Mercedes, sua mulher? Teria sido Dora, sua cunhada e amante?
A verdade, porém, está longe de ser simples e no último acto da peça encontraremos Dora internada num hospital psiquiátrico, acusada de um crime que talvez não tenha cometido...

6 comentários:

Comodoro disse...

Muito bonito este teu post, e o teatro faz-nos tão bem, pois ensina-nos e faz-nos reflectir tantas coisas da vida.
Um abraço e beijo fortes.

Anónimo disse...

Era o que eu devia ter feito nesse sábado, era ter ido ao teatro

Anónimo disse...

O Esparteiro é um aldrabão. Na SPARA ficou a dever dinheiro a imensos actores, despediu uma funcionaria por estar grávida e não declaraou as retenções na fonte que os actores fizeram durante anos. Para além disso parece estar envolvido em coisas bem piores...

Muso disse...

Anónimo: Pois se o Esparteiro é um aldrabão não sei. Mas de qualquer maneira obrigado pela visita.

vanda disse...

Realmente a cobardia é uma característica que o Luis Esparteiro não tem! Já os anónimos... alem de mentirosos, cobardes!

Anónimo disse...

Olá! Bom dia!
Eu precisava do texto da peça de teatro (se possivel em pdf ou word) "Vermelho transparente" para um trabalho que estou a realizar no ambito da disciplina de lingua portuguesa (10ºano).
Agredecia imenso.
Bom Ano Novo!