sábado, outubro 07, 2006

Grita Liberdade



> imagem do site http://prisonersoverseas.com/wp-content/SLAVERY.jpg

Há bem pouco tempo senti-me estranhamente livre e agradavelmente diferente de uma série de pessoas, que estimo não porque tenham muito a ver com a minha maneira de ser, mas porque no passado foram importantes para mim, para o meu crescimento, porque contribuiram para fazer de mim aquilo que eu sou e para descobrir que jamais poderia ser como elas eram, quase que humanos clonados que agem e pensam como se lhes tivesse sido inscrito no âmago um guião de comportamentos, e na pele um guarda-roupa uniforme. Mas o melhor de tudo, é que na mesma ocasião, descobri que havia alguns desses meus amigos que pensaram e se sentiram como eu.

Por tudo isto, e por assentar que nem uma luva, mais uma vez encontrei uma frase nas Memórias de Adriano, da Marguerite Yourcenar, que passo a transcrever:

Prefiro ainda a nossa escravidão de facto a esta servidão do espírito ou da imaginação.
(Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano, Ulisseia, 2005, p. 93).

6 comentários:

Comodoro disse...

Parabéns
Mas o que acabaste de escrever é infelismente o rosto real da nossa sociedade
um beijo

Muso disse...

Comodoro: Dizes bem, infelizmente! Origado pela visita ;)

Anónimo disse...

Os limites da condição de cada um são algo de intrínseco; os que nos são impostos é que já marcam. A forma como reagimos aos segundos e moldamos os primeiros são o que nos caractariza enquanto seres-humanos.

Muso disse...

Calca: Sim, e lembro-me bem do que me dizias ontem ao serão, há uns que estão casadíssimos e pais de filhos, mas estão muito mais sozinhos do que nós. Solidão ocultada pelo barulho...?!

Anónimo disse...

LIBERDAAAADEE! Pronto, já gritei... ;)

Muso disse...

Calca: Pois eu apetece-me gritar "COOOORNA"