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As palavras enganadoras proliferam infelizmente, porque cada vez mais são ditas sem sentimento, sem significado coincidente com a acção, ou no intuito de convencer determinado indivíduo pela fraude, a agarrar uma determinada causa.
Mais doloroso é não acreditarem nas nossas palavras quando elas são sentidas, quando reflectem o que realmente sentimos, e preferem cercear-nos, controlar-nos, castrar-nos os sentimentos, em nome de uma calma necessária para que as coisas possam correr bem.
Ainda mais dolorosas e enganadoras são quando nos encantam de forma grandiosa e sublime, encorajando-nos a continuar a acreditar nas boas intenções de alguns seres humanos, nas verdadeiras aspirações de carinho, de amor, de partilha, de actos de lealdade, de sinceridade e de coragem para serem e fazerem outros seres humanos felizes, quando depois nos apercebemos que tudo foi em vão.
Mais dolorosas ainda quando são omitidas, e não nos matam a sede de ouvir algumas delas, pela saudade, pela necessidade de conforto.
O ser humano está cada vez mais de costas voltadas para o seu próximo, cada vez mais se notabiliza pela mediocridade, e isso faz-me carregar um grande e cansado lamento interior.
Por isto tudo, mais uma vez me socorri de uma senhora da literatura mundial que escreveu:
Desde Adão até hoje, poucos bípedes têm havido merecedores do nome de homem.
(Marguerite Yourcenar, A Obra ao Negro, col. Mil Folhas, PUBLICO, 2002, p. 104).
Elas, as palavras, só são enganadoras se forem ditas em consciência plena de que o são. Mesmo que um dia possam ser deitadas por terra, no momento em que são ditas, muitas delas espelham de facto o que se passa no âmago de alguém.
Eu continuo a acreditar nas palavras… de algumas pessoas!
Mais doloroso é não acreditarem nas nossas palavras quando elas são sentidas, quando reflectem o que realmente sentimos, e preferem cercear-nos, controlar-nos, castrar-nos os sentimentos, em nome de uma calma necessária para que as coisas possam correr bem.
Ainda mais dolorosas e enganadoras são quando nos encantam de forma grandiosa e sublime, encorajando-nos a continuar a acreditar nas boas intenções de alguns seres humanos, nas verdadeiras aspirações de carinho, de amor, de partilha, de actos de lealdade, de sinceridade e de coragem para serem e fazerem outros seres humanos felizes, quando depois nos apercebemos que tudo foi em vão.
Mais dolorosas ainda quando são omitidas, e não nos matam a sede de ouvir algumas delas, pela saudade, pela necessidade de conforto.
O ser humano está cada vez mais de costas voltadas para o seu próximo, cada vez mais se notabiliza pela mediocridade, e isso faz-me carregar um grande e cansado lamento interior.
Por isto tudo, mais uma vez me socorri de uma senhora da literatura mundial que escreveu:
Desde Adão até hoje, poucos bípedes têm havido merecedores do nome de homem.
(Marguerite Yourcenar, A Obra ao Negro, col. Mil Folhas, PUBLICO, 2002, p. 104).
Elas, as palavras, só são enganadoras se forem ditas em consciência plena de que o são. Mesmo que um dia possam ser deitadas por terra, no momento em que são ditas, muitas delas espelham de facto o que se passa no âmago de alguém.
Eu continuo a acreditar nas palavras… de algumas pessoas!
3 comentários:
Lindo, muito lindo, e tão verdadeiro.
Também penso assim e revolta-me que a Humanidade seja assim.
Mas mesmo assim, e porque sou um idealista, continuo a acreditar em alguns seres Humanos.
Tu és a prova disso.
Parabéns, continua, força.
Estarei sempre contigo.
Um beijo enorme amigo do teu Comodoro
Comodoro: Sabes, é precisamente nos amigos, nos bons amigos, nos meus pais e irmão que ainda continuo a acreditar!
Abençoadas palavras as que aqui deixaste, amigo! E mesmo o Adão, deixa-me que te diga que se não tivesse sido a procura do conhecimento por parte da Eva, ainda lá estava a esta hora a obedecer a Deus, provavelmente a conversarem sobre futebol frente a duas imperiais entre as sete e as oito da tarde enquanto a parva da Eva fazia o jantar, o Adão muito contente por ser um verdadeiro homem, daqueles que fazem como Deus manda...
Abraço, e desculpa a extensão da prosa...
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